terça-feira, 16 de outubro de 2007

Os 10 maiores crimes contra a humanidade

Final de semana passado estava assistindo de madrugada um documentário na Record News sobre um massacre em Ruanda, e fiquei chocado com aquilo tudo, como o bicho homem pode ser tão despresivel assim? e por coincidência encontrei uma matéria falando sobre os maiores genocídios da humanidade e o de Ruanda está ( infelizmente) entre eles, acho que esse tipo de coisas devia ser mais divulgado na midia, não de forma sensacionalista, mas para conhecimento das nações, incrível como a ONU, a Europa e o Tio Sam não metem o dedo nos conflitos africanos...


Ao final tem um documentário da banda System of a Down ( que curto muito) denunciando os genocídios

10) Hererós e Namaquas
1904-1907
Vítimas:65 mil hererós e 10 mil namaquas
Autor: Alemanha
Foi o primeiro genocídio do século 20, na região onde hoje fica a Namíbia. Os poucos que não foram expulsos para o deserto de Kalahari acabaram nos campos de concentração, identificados por números e obrigados a trabalhar até a morte. Metade dos namaquas e 80% dos hererós foram mortos (os judeus perderam cerca de 35% de seu povo durante o massacre nazista). Um século depois, os alemães pediram desculpas, mas não ofereceram nenhuma compensação.

Os alemães ainda envenenavam os poços pelo deserto. Anos depois, ossadas foram achadas em buracos – as pessoas cavavam com as próprias mãos em busca de água.

9) Terror no Timor Leste
1975-1999
Vítimas: 150 mil timorenses
Autor: Indonésia
Quando essa ex-colônia portuguesa no sudeste da Ásia foi ocupada pela Indonésia, experimentou o inferno: plantações foram queimadas com napalm e seus reservatórios de água foram envenenados. E cerca de 20 mil pessoas ‘desapareceram’. Mesmo em protestos pacíficos a repressão era brutal. Em 1991, 400 estudantes foram fuzilados em um cemitério por causa de uma passeata, diante de jornalistas do mundo inteiro.

Em 1999, antes de sair do Timor, milícias indonésias mataram 61 pessoas que estavam escondidas numa igreja. A atrocidade ficou conhecida como Massacre de Liquiçá.

8) Crueldade na Bósnia
1992-1995
Vítimas: 200 mil bósnios mortos, 2 milhões de refugiados
Autor: Milícias e exército sérvio
Quando a antiga Iugoslávia se separou em vários Estados, 
os sérvios tentaram abocanhar o máximo de território. Quem mais sofreu foram os bósnios. Discriminados por serem muçulmanos, milhares foram executados e enterrados em valas comuns, enquanto a Europa e os EUA só assistiam. Em Srebrenica, milícias sérvias, no nariz das tropas da ONU, mataram 8 mil homens entre 12 e 60 anos.

Cerca de 40 mil mulheres bósnias foram sistematicamente estupradas. E quando engravidavam eram obrigadas a dar à luz

7) Revolta Circassiana
últimas décadas do século 19
Vítimas:400 mil circassianos mortos, 1,2 milhão de exilados
Autor: Império Russo
Por volta de 1860, os russos estavam terminando de dominar o Cáucaso e a região da Chechênia. Mas no seu caminho estavam os circassianos, povos muçulmanos. Foi quando o general Yevdokimov teve a brilhante idéia de ‘convidar’ (leia-se obrigar) os nativos a se mudar para o vizinho Império Otomano. Para garantir que os montanheses fossem realmente embora, os soldados destruíram aldeia por aldeia.

A limpeza étnica foi tão completa que hoje ninguém maisna região do Cáucaso fala os idiomas dos povos circassianos.

6) Porajmos,a caçada aos ciganos
1939–1945
Vítimas:500 mil romanis (ciganos)
Autor: Nazistas
Quando os nazistas chegavam aos acampamentos ciganos, matavam sem dó. Muitas vezes, eles nem faziam a seleção na chegada aos campos de concentração – acabavam com todos. Até hoje, os 500 mil ciganos mortos (na proporção, um grupo tão grande quanto o de judeus assassinados na Segunda Guerra) são pouco lembrados.

Um dos casos mais macabros do médico nazista Josef Mengele é o dos gêmeos ciganos Guido e Ina, costurados um ao outro, pelas costas, como siameses. A mãe matou os dois com morfina para terminar com o sofrimento.

5) Massacre em Ruanda
abril de 1994
Vítimas: 700 mil tútsis mortos e 200 mil refugiados; centenas de hútus mortos
Autor: Milícias hútus
Durante cem dias, milícias hútus promoveram um banho de sangue nesse pequeno país africano, na tentativa de exterminar os tútsis, outro grupo étnico. Além da barbárie, o que mais chocou o mundo foi a posição passiva da ONU e das grandes potências, que assistiram à carnificina sem intervir. Ao final, guerrilheiros tútsis tomaram o país. Aí, foi a vez de 2 milhões de hútus, com medo de vingança, deixarem a região.

A principal arma usada para matar os tútsis eram as machetes (facões). Milhares delas foram importadas da China meses antes, 
num ato calculado de preparação.

4) Morte em massa na Armênia
1915–1917
Vítimas: 1,5 milhão de armênios mortos, 500 mil deportados
Autor: turcos otomanos
Na Primeira Guerra, acusados de traição e de conluio com os russos, 2 milhões de armênios foram obrigados a deixar suas casas e marchar até uma região desértica próxima da Síria, onde eram deixados para morrer. É considerado o primeiro genocídio moderno em larga escala, feito de forma organizada (serviu de inspiração para Hitler, que sempre o citava como exemplo). Até hoje, a Turquia nega o massacre.

Quem ‘escoltava’ os armênios até o deserto eram grupos paramilitares formados por ex-presidiários,que estupravam, roubavam e matavam os exilados durante a jornada.

3) Sangue no Camboja
1975-1979
Vítimas: 1,7 milhão de pessoas
Autor: Khmer Vermelho
Pol Pot, líder dos comunistas que tomaram o poder no Camboja, resolveu ‘limpar’ o país não de uma etnia específica (embora minorias chinesas e vietnamitas tenham sido dizimadas depois), mas de todos os que pensassem de uma maneira anticomunista. Os intelectuais, monges e qualquer pessoa com uma profissão foram considerados ‘maçãs podres’. Quem não foi fuzilado na hora foi para campos de reeducação, onde trabalhavam até a morte. É o mais famoso autogenocídio da História.

O desprezo pela vida marcava o lema do Khmer Vermelho: ‘Manter você vivo não nos traz nenhum benefício. Destruir você não será nenhuma perda para nós’.

2) Genocídio ucraniano
1932-1933
Vítimas: 3 milhões de ucranianos
Autor: União Soviética
Decidido a transformar a Ucrânia e sua produção de trigo numa fortaleza do comunismo, Stálin resolveu ‘limpar’ a região do que mais o incomodava: os ucranianos. Eles não podiam falar seu idioma, foram perseguidos pelo serviço secreto e deixados sem comida. Bandidos cobravam preços abusivos no mercado negro, crianças eram abandonadas e até canibalismo rolou no que ficou conhecido como Holomodor.

Stálin lançou a ‘lei das cinco espigas’. Quem fosse preso pegando comida para si mesmo era acusado de roubar o Estado. Pena: dez anos de trabalhos forçados ou até a morte.

1) Holocausto judeu
1939–1945
Vítimas: 6 milhões de judeus
Autor: Nazistas
Além da quantidade, o mais assustador foi a forma quase industrial como os judeus foram massacrados. No auge dos campos de concentração, as roupas, dentes, cabelos e até os cadáveres eram reaproveitados pelos nazistas. Homens mais fortes trabalhavam até a morte, os ‘improdutivos’ iam direto para as câmaras de gás e outros eram simplesmente executados (calcula-se em 1,4 milhão) em operações de ‘limpeza’.

O massacre também se deu de outras formas. Cerca de 800 mil judeus morreram de febre tifóide, desnutrição e outras doenças ao ficarem confinados nos chamados guetos.




Fonte: Mundo estranho

17 comentários:

Lucas Valverde Santana disse...

Olá amigo, foi muito bom esse teu trabalho. Mas você se esqueceu de um detalhe ao numerar os genocídios, a ordem em que você colocou não se baseou em proporção. Os ciganos já são contados nos 6 milhões de judeus, e foram seis milhões para uma população judáica de aproximadamente 18 milhões, o genocídio durou 6 anos, o que quer dizer que 5,5% da população foi morta por ano, enquanto no holodomor foi 33,3%, em Ruanda (base do calculo em 100 dias)240% ao ano e Arménos 37,5%. Dessa forma Séria em 1ª lugar Ruanda, 2º Armenos na Turquia, 3º Holodomor e em 4º holocausto. Há muitas coisas piores do o Holoconto, e temos que lembrar que o massacre de judeus foi divulgado pelas nações mais humilhadas na segunda guerra, o imponente R.U. quase se rendendo, a França toda tomada e a U.R.S.S. que perdeu mais de 70% de seus soldados.

Anônimo disse...

Engraçado como NENHUM desses 10 maiores massacres da humanindade tem ligação alguma com qualquer movimento religioso. Pelo contrário, os nazistas, os comunistas, os cambojanos, etc eram exatamente anti-religião, fundando estados literalmente ateus. Não digo isso pra defender religião alguma. Mas é que as pessoas são muito parciais. Principalmente ateus ou agnósticos. Sempre pra criticar religiões, citam "massacres", inquisição católica, cruzadas, os radicais islâmicos, etc. Sejamos justos.

Anônimo disse...

Hitler era Católico e era anti-judeu justamente por isso. Por isso o Papa figia não saber o que acontecia lá com os judeus...

Os sérvios eram cristãos ortodoxos a praticarem um genocídio no Kosovo. Os croatas são católicos que exterminaram sérvios.

Os assassinatos de Franco - centenas de milhares -, tiveram a cobertura e a cumplicidade dos bispos que o consideravam enviado pela providência.

Pinochet, a quem João Paulo pôs a hóstia na língua, e que o considerou, com a mulher, o casal católico perfeito, matou milhares.

Cerca de 9 milhões de pessoas foram acusadas e mortas pela Inquisição, entre os séculos em que durou a perseguição mais ativa contra a Bruxaria. Alguns autores colocam 20 milhões, quando somados todos os séculos de existência da Inquisição.

MyMind by Ronaldo Martins disse...

não esquecer de "Hiroshima e Nagasaki". As estimativas do número total de mortos variam entre 140 mil e 220 mil, sendo algumas estimativas consideravelmente mais elevadas quando são contabilizadas as mortes posteriores devido à exposição à radiação. Mais de 90% dos mortos eram civis.

Anônimo disse...

Porque não entraria na lista os 30 milhões de mortos pelo regime comunista de Mao? E a fome provocada pelo regime comunista da Coréia do Norte, que matou 2 milhões? Os massacres comunistas não contam?
A discussão centrou-se na religião aqui (erro, pois Hitler era MUITO religioso, das 15 tentativas de assassinato dele promovida por alemães, todas ele se salvou devido a "providência divina"), mas acho que deveria ser centrada nos tipos de governo que gostam de provocar genocídios (todos autoritários, é verdade)...

Yuri disse...

Porque ninguém cita a escravidão dos negros como o maior genocídio de todos? Lembrando que a escravidão foi abolida no Brasil apenas nas últimas décadas do século 19.

Lucas Valverde Santana disse...

Caro amigo Yuri. A escravidão não pode ser considerada um genocídio, pois o objetivo era usar os pretos (homem de pele escura) como mão de obra, esses negros (escravo, independente da cor) eram dinheiro, matar um deles seria o mesmo que rasgar e queimar R$ 30.000,00, ninguém é louco de fazer algo assim, por mais rico que ele seja. É claro que negros eram mortos, mas algo tão raro, que podemos afirmar que o assassinato (não confundir com morte) de brancos fosse algo em torno de três e seis vezes maior.

Unknown disse...

Muito Boa a Pesquisa.

Anônimo disse...

A escravidão negra tem e deve ser considerada sim, como o maior genocídio da história da humanidade.
Pessoas sendo tiradas de sua terra natal, estupros, assassinatos, trabalhos forçados com uma carga horária devastadora sem contar outras barbaridades cometidas.
O que implica o fato de alguns ainda acharem, que a escravidão foi uma forma branda de servidão, é a sua análise ainda ser feita sob a visão do preconceito racial. Parabéns ao nosso amigo Yuri, pela sua observação.

Anônimo disse...

a escravidão negra não pode ser considerada um genocídio. É terrivel sim (a negra e tantas outras) mas, os negros na africa vendiam seus escravos de guerra para os brancos ou seja a intenção inicial era mão de obra barata e não o extermínio puro de um povo ou raça. O maior genocídio de todos os tempos em números em duração e em crueldade foi o dos indios nas américas. Só nos EUA em um período de 300 anos foram mortos 23 milhões e várias nações extintas.

Anônimo disse...

Parabens pelo artigo. Foi um dos poucos que encontrei na net sobre o assunto que realmente fala de genocídios. Genocídio é buscar a eliminação de um determinado grupo (baseado em etnia ou religião). Ao que parece está incluso como causa a tentativa de eliminação de grupos baseados em práticas sociais e ideologias, daí incluir o Camboja.

Os 70 milhões de mortos por Mao e os 25 milhões mortos por Stalin não visavam a eliminação de um povo em si, por isso não foram incluídos. Se tivessem sido incluídos, também não seria um erro, mas uma questão de interpretação, pois poderia se fazer um paralelo ao que houve no Camboja.

A escravidão africana também não, pois o objetivo não era eliminar o grupo. Dá pra falar em desumanidade, coisificação do outro, mas não em genocídio.

Em relação aos índios, apesar de muitos terem sido eliminados simplesmente por serem índios, isso foi minoria. Não dá pra incluir todas as mortes de indígenas nesse grupo, pois a maioria ocorreu por causa de epidemias, e em outros casos por causa de resistência. Tanto o objetivo não era a eliminação do grupo, que muitos índios foram utilizados nas batalhas contra os grupos resistentes e passaram a compor a sociedade colonial.
Talvez seja possível falar em práticas genocidas contra indígenas em alguns casos na expansão dos EUA, onde o objetivo não era dominar os indígenas, mas elimina-los para abrir espaço para a ocupação. Na América pré-colombiana há registros de tentativas de eliminação de outras etnias por parte, por exemplo, dos maias. Mas é difícil especificar se o objetivo era realmente a eliminação do grupo oponente ou "apenas" excesso de crueldade.

É preciso saber definir bem os conceitos. A escravidão é uma prática condenável, mas não é genocídio. A guerra, idem. Não é preciso catalogar como genocídio para condenar uma prática. Essa confusão ocorre por causa de pessoas que não sabem usar corretamente os conceitos e por causa de ativistas que buscam fazer suas causas ganharem destaque falando em genocídio.

Anônimo disse...

Um rapaz aí em cima falou em 9 milhões mortos pela inquisição. Melhor procurar dados em livros de história sérios. Se a inquisição tivesse eliminado 9 milhões, considerando o período de sua existência e sua área de abrangência, teria eliminado a população de alguns países. Absurdo.
Segundo as atas do Simpósio Internacional sobre a Inquisição ocorrido em 1998, a mais violenta das inquisições foi a espanhola. Segue a consideração final que fala sobre o número de vítimas:

“A Inquisição na Espanha celebrou, entre 1540 e 1700, 44.674 juízos. Os acusados condenados à morte foram apenas 1,8% (804) e, destes, 1,7 (13) foram condenados em “contumácia”, ou seja, pessoas de paradeiro desconhecido ou mortos que em seu lugar se queimavam ou enforcavam bonecos.”

Crítico disse...

Amigo, gostei do seu post, mas você se esqueceu de citar o maior genocídio de todos: o do governo de Mao Tse-tung, na China, que somando a campanha do Grande Salto para a Frente com a Revolução Cultural foi responsável pela morte de quase 100 milhões de pessoas em menos de 3 décadas. Algo assim não poderia ter ficado de fora da sua lista!

Anônimo disse...

,...esqueceu dos e.u.a com as bombas atomicas no japão,e se procurarmos achharemos muito mais ,...

Frasano disse...

A lista está incompleta pois não cita o genocídio filipino perpetrado pelos eua durante a guerra de independência das Filipinas e nem os nativos norte americanos assassinados sistemicamente pelos ianques...

Paulo Henrique Mai disse...

Na Indonésia, no ano de 1965, em um período de apenas 6 meses, aproximadamente 500 mil pessoas foram mortas simplesmente por serem simpatizantes ou militantes do Partido Comunista da Indonésia (PKI). As mortes foram causadas por um golpe militar.

Paulo Henrique Mai disse...

Na Indonésia, no ano de 1965, em um período de apenas 6 meses, aproximadamente 500 mil pessoas foram mortas simplesmente por serem simpatizantes ou militantes do Partido Comunista da Indonésia (PKI). As mortes foram causadas por um golpe militar.